Velhice mundo afora
Escrito para o blog Mundo Prateado
Este é o relato de uma aventura pessoal, muito particular. Não tem a mínima pretensão de fundamentar teorias ou levantar pontos controversos, sobre o país ou sobre a velhice. Resume uma visão bem pessoal de uma brasileira sessentona, de classe média, de origem nordestina, vivendo nos últimos 27 anos fora de lá e mais da metade deles no Rio de Janeiro. É apenas o olhar de uma pessoa entrando na velhice querendo desenhar cenários e entender as opções. Aprender sobre o envelhecer pode ser uma tarefa árida e cheia de desesperança. Procurar seus pares pode ser uma forma de nos fazer acreditar que ela é apenas uma etapa a mais da vida, sem a constante lembrança de que é a última, e cultivando uma visão de que ela oferece os mesmos riscos, tristezas, desafios e alegrias, que todas as outras fases que a vida nos proporciona. Perdi a oportunidade de adolescer e de entrar na vida adulta tendo mais consciência de mim mesma, do mundo à minha volta e dos meus contemporâneos. Agora não quero repetir este improviso com a velhice, quero aprendê-la para vivê-la de uma forma mais inteligente e menos impregnada das verdades que sempre ouvi sobre a dureza de ser velho. A leitura pode trazer algumas novidades e muitos assuntos para incontáveis conversas entre aqueles que chamo de PIS – os pré-idosos, idosos ou simpatizantes – , uma minoria que só tende a crescer.
A – Como o tema do envelhecimento me fisgou
B- O que seria uma velhice com futuro?